quinta-feira, 1 de março de 2012

A Depressão Infantil com Implicações nos Distúrbios da Aprendizagem

A Depressão Infantil com Implicações nos Distúrbios da Aprendizagem

O termo depressão tem sido empregado para descrever tanto um estado afetivo normal quanto uma tristeza aparente ou um sintoma ou transtornos associados. A tristeza constitui uma resposta às situações de perda, derrota ou outros desapontamentos. As situações de perda podem, por meio do retraimento, causar danos cognitivos, fisiológicos e comportamentais. De acordo com Scivolletto e Col. (1994), o termo humor é definido pelo DSM IV (American Psychiatric Association, 1994), como emoção pervasiva e mantida que, em extremos, marca o colorido da percepção do mundo pelo indivíduo.
A depressão é uma doença do organismo como um todo, que compromete o físico, o humor e, em conseqüência, o pensamento; altera a maneira como a pessoa vê o mundo e sente a disposição e o prazer com a vida. Segundo Bellone (2002), ela afeta a forma como a pessoa se alimenta e dorme como se sente em relação a si próprio e como pensa sobre o que vivenciou ou fez.
Dessa forma Camon (1999) acrescenta que a própria historicidade de cada pessoa irá configurar situações específicas de dor e sofrimento que, alojadas à intensidade do envolvimento emocional com a pessoa que provocou o luto, reunirão características e determinantes bastantes especificas a cada caso.
PAIS E PROFESSORES IGNORAM SINTOMAS DA DEPRESSÃO INFANTIL

Sinais de tristeza, sonolência, sentimento de culpa e de rejeição, indisposição para atividades físicas são alguns indicadores de que um individuo pode estar sofrendo de depressão. E o que ainda é pior é constatar que na maioria das vezes esses fatos passam despercebidos tanto pelos pais dessas crianças quanto pelos professores, como conclui a psicóloga Mìriam Cruvinel.
Ela diz que um dos fatores mais críticos, indicando que a criança começa a manifestar sinais de depressão, é quando seu rendimento escolar cai e passa a não apresentar resultados satisfatórios dentro da sala de aula.
O que o estudo de Miriam tem mostrado é que tanto professores quanto os pais de alunos revelam dificuldades (ou desconhecem a questão por completo) para identificar, de maneira precoce, quando uma criança apresenta problemas que possam se caracterizar um processo de depressão infantil, em casa ou na escola.



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A Depressão Infantil com Implicações nos Distúrbios da Aprendizagem: Um Estudo Exploratório, por Mírian Cruvinel

Deficiência Intelectual e Transtornos Globais de Desenvolvimento e Alunos com altas habilidades/superdotação

Deficiência Intelectual e Transtornos Globais de Desenvolvimento

A Associação Americana de Retardo Mental (AARM) definiu a deficiência intelectual em 2002 como limitações significativas no funcionamento intelectual e no comportamento adaptativo – habilidades conceituais, sociais e práticas, - originando- se antes dos dezoito anos de idade.
E por se tratar de uma área complexa, tem sido a mais polemizada, por não constituir um grupo homogêneo, existindo um leque amplo de manifestações, que condicionam diferentes possibilidades de aprendizagem, faz-se necessário a adoção das seguintes medidas:
• Faça um portfólio do seu aluno com DI, ou seja, vá colocando em uma pasta tudo aquilo que ele produzir durante o ano. Ao final, você poderá ter uma visão mais detalhada de seu processo de evolução, e dessa forma dar continuidade ao trabalho com maior segurança;
• Procure proporcionar a este aluno tantas tarefas quantas forem necessárias. Por exemplo: quando precisar mandar recados à outra professora ou à secretaria da escola, peça-lhe que o faça. Nesse caso, é preciso que todos os alunos e funcionários estejam avisados de que ele poderá ter essa incumbência e, portanto, circular livremente pela escola;
• Não se esqueça de que sua escrita, seus desenhos, suas realizações, muitas vezes representadas por garatujas e objetos sem forma, têm valor social, e não lingüísticos;
• Dê-lhe todo material utilizado na escola: caderno, livros, estojos, etc. Não faça concessão por causa da deficiência;
• Quando o seu aluno com DI quiser sair da sala, não o impeça de fazê-lo. Isso acontecerá somente no começo. Busque descobrir os motivos de tanta saída e comece a regular o tempo de retorno. Com o tempo, ele vai compreender que é aceito por todos e seu lugar é em meio ao grupo;
• Divida as tarefas em partes, aumentando as dificuldades gradualmente, respeitando o ritmo do aluno;
• Para alcançar os conhecimentos acadêmicos, dinamize e diversifique as estratégias de ensino. De preferência ponha o seu aluno com DI junto com outro que possa auxiliá-lo na realização das tarefas;
• Atender não só as dificuldades dos conhecimentos acadêmicos, mas também os aprendizados que atendam as necessidades de outras áreas, por exemplo: autonomia, papéis sociais, saúde, habilidades sociais, conceituais e práticas proporcionando qualidade de vida;
• Utilizem, em seu trabalho, diferentes tipos de linguagens, como música, artes, expressões corporais, entre outras;
• Acredite, principalmente, que o aluno com DI pode aprender, só é preciso investir nas atividades pedagógicas que correspondam as suas potencialidades;
• Valorize as suas potencialidades e habilidades para dar início ao planejamento e ajudá-lo a avançar.









ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO

A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008), considera alunos com altas habilidades/ superdotação aqueles que demonstram potencial elevado em qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes, além de apresentar grande criatividade, envolvimento com a aprendizagem e realização da tarefa em áreas de seu interesse.

Quem é o superdotado?
Segundo Alencar (2001), refere-se àquele indivíduo que, quando comparado à população geral, apresenta uma habilidade significativamente superior em alguma área do conhecimento. Áreas: intelectual, acadêmica, artística, liderança, psicomotora

Enriquecimento Curricular:
È a abordagem educacional pela qual se oferece a criança experiências de aprendizagem diversas das que o currículo regular normalmente apresenta. Pode ser realizado na sala de aula, na sala de recursos multifuncionais ou em grupos especiais.
Enriquecimento não é...
Qualquer atividade “extra-curricular” ou “extra classe” oferecida pela escola, ou uma dieta suplementar de aprendizagem, condicionada ao que for disponível, dependente de haver vontade e recursos para subvencionar pessoal, instrução e material de ensino "extra“, a ser oferecido a alguns alunos, por indicação ou adesão própria. O ponto central de um programa de enriquecimento envolve relacionar a aprendizagem de um assunto, em uma área, com exploração de temas em outras áreas, jogando com as idéias de maneiras a fazer surgir novas idéias. A tarefa do professor, no enriquecimento, é prover a base, guiar, orientar, e encorajar o aluno a explorar e ir sempre mais além.

O Atendimento Educacional Especializado:
Tem a função de identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando as suas necessidades específicas. Disponibiliza programas de enriquecimento curricular, o ensino de linguagens e códigos específicos de comunicação e sinalização, ajudas técnicas e tecnologia assistiva, dentre outros. Ao longo de todo processo de escolarização, esse atendimento deve estar articulado com a proposta pedagógica do ensino comum.

Algumas terminologias:
• Criança Prodígio: realiza algo fora do comum para sua idade sem que tenha tido um treinamento nessas competências. Geralmente identificada em idade pré-escolar.
• Criança Precoce: antecipa determinados comportamentos relativamente à idade em que são esperados. Nem toda criança precoce é superdotada.
• Genialidade: termo reservado para aqueles que deram contribuições extraordinárias à humanidade, revolucionando as suas áreas de conhecimento.

Idéias Errôneas sobre a Superdotação:
• Superdotado é visto como um privilegiado, que apresenta recursos intelectuais inatos superiores, sendo injusto e antidemocrático oferecer-lhe mais privilégios sob a forma de participação em programas educacionais especiais, nos quais os demais alunos seriam excluídos.
• É um absurdo investir nesta área, quando se tem um contingente significativo de analfabetos e alunos com deficiência, que precisam de atendimento especializado.
• Superdotação é um fenômeno raro, sendo muitas vezes associado à genialidade. O superdotado tem recursos intelectuais suficientes para desenvolver por conta própria o seu potencial superior.  O potencial superior desenvolver-se-á apenas em contextos de nível socioeconômico médio ou elevado.

Por que Investir na Educação de Alunos Superdotados?
Os alunos superdotados de hoje são os líderes culturais, econômicos, intelectuais e sociais de amanhã e seu desenvolvimento não pode ser deixado ao acaso (EYRE, 2004).

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